Por que sempre quis pintar o Amor
Trilhei o caminho das subjetividades
Das originalidades
Das especificidades
E o Amor não se deixou pintar
O Amor não pode ser rabiscado ou emoldurado
Nenhuma passagem de cor o traduz
Nenhuma cor o colore
Nem a mais transparente veladura o define
Tudo parece ser incompleto e pobre
Nada satisfaz a representação
O Amor é energia
Ainda que matéria energia condensada seja
Amor é o que se sente, sem toque, sem visão
Dispensa cognição
E nessa busca por representação
Coração de Nós Marias se revela
Amores enredados
Ação coletiva
Obra infinita
Vivências individuais
Sentidos próprios
Pontuais
Agregados
Atraídos
Somam e se multiplicam em trajetória indefinida ao sabor do acaso
Como se o acaso existisse
Fluida
Guiada pelo Universo e suas brisas misteriosas
Segue agora o fluxo da corrente criativa em busca de empatias
Conquista afinidades
Arrebata corações
Loucos para enredarem-se no Todo
Rede de vibrações positivas
Gritando
Somos todos Um nesse Amor!
Poesia de Miriam Miranda. Uma divagação sobre o processo criativo de " Coração de Nós Marias" .
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